quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O MOVIMENTO EVANGÉLICO, QUE É ISSO? 

Nestes últimos dias, os acontecimentos envolvendo o pastor Silas Malafaia nas eleições de São Paulo, me levaram a relembrar alguns aspectos do movimento evangélico e expor algumas coisas que marcam uma "banda" muito específica deste movimento.

As crenças, conforme temos visto, não obedecem fronteiras e, neste hiato, há quem se prevaleça da prerrogativa de líd
er religioso e se intrometa em todas as áreas, evidentemente que em nome da fé e do zelo por esta fé. Esta é, senão a razão, pelo menos uma das possíveis explicações do porque um pastor, o Malafaia, se sinta à vontade para ultrapassar sua fronteira municipal e se veja imbuído da missão de decidir pelos evangélicos a eleição em São Paulo. (Declaração Malafaia)

Não é preciso muito para ver que isto expõe uma inconsistência do movimento. A medida ideológica utilizada para ser cabo eleitoral de A e não de B, não pode ser aplicada nas eleições de sua própria cidade, o Rio de Janeiro, e não se aplica nem ao seu candidato escolhido em São Paulo que, conforme o site da folha, também distribuiu em 2009 um “kit” similar a este que ele usa como álibi para seus posicionamentos. (kit similar)

Para deixar mais aparente ainda a ideia de que existem mais coisas embaixo do sol do que os olhos podem ver, ele apesar de ter feito afirmações em nome dos evangélicos tentou amenizar as coisas, sem reconhecer a gafe, ao chamar mais tarde sua articulação e declaração de representatividade, apenas de "uma opinião pessoal de um cidadão".

Valho-me da oportunidade para expor os pontos de contato com o movimento evangélico que este acontecimento me fez lembrar, a partir daquilo que vivenciei durante anos. Fique claro que não se trata de um artigo científico e nem de uma análise teórica, e nem engloba tudo ou todos, mas é uma opinião extraída da vivência.
Pra começar é bom pontuar que a expressão “evangélico” não define todas as pessoas cristãs não-católicas romanas. Assim, como pensar que todos os habitantes do Oriente Médio sejam árabes, que todos os islâmicos são pessoas-bomba, e por ai afora.

Entre os evangélicos não existe unidade doutrinária, litúrgica, de crenças e sequer teológica, exceto uma “cultura” diversificada e adaptada aos muitos gostos.
A meu ver não existe unidade nestes temas porque é um movimento personalista. O culto à personalidade faz com que existam tantas expressões evangélicas quantos forem os seus ícones. Isto talvez seja fruto da lógica messiânica sempre a espera de um “salvador” que proteja aqueles que estiverem do lado destes messias e arrebente com os que estiverem contra.
Eis aí a premissa do “arrebentar”.

Dando um passo a mais para se compreender esta “cultura evangélica” pode-se fazer uma comparação com a área artística onde o sucesso não garante uma idônea representação. Por exemplo; o Michel Teló está para a MPB o que os tele evangelistas estão para o evangelho. E mais, para se entender esta “cultura” ou sub, precisa-se aprender a linguagem, os costumes e a lógica conveniente. Isto mesmo, o que existe é uma conveniência protecionista.

Este protecionismo na prática, diferente da teoria, funciona mais ou menos assim:

- REGRAS PRÁTICAS APLICADAS AOS EVANGÉLICOS

Os evangélicos possuem duas classes: líderes e liderados.

a) se a pessoa se declara evangélica e comete uma falta, desde que não envolva a sexualidade, ela não deve ser julgada, mas aconselhada e deve-se entregar tal pessoa a Deus que a julgará e cabe aos crentes apenas orarem.
b) se a pessoa declaradamente evangélica cometeu alguma falta na área da sexualidade e tratar-se de um líder influente, o caso pode ser abafado para não gerar escândalo, ou parte-se para a punição direta. Se exercia muita influência convém ser destituída, abandonada, expulsa e execrada publicamente. (equivale ao apedrejamento nos dias de Jesus).
c) A única coisa mais grave ou equivalente aos pecados sexuais é a chamada heresia. Se uma doutrina ou um costume estiver sob ameaça, não existe nem a oportunidade de arrependimento, vai-se direto para a execração pública. A insanidade disto é que apesar de não existir unidade doutrinária, existe o consenso na execução da pena. Evidentemente que a pena é diretamente proporcional à ameaça que o poder instituído sofrer, isto é, quanto maior a ameaça ao poder, maior a necessidade de se eliminar o perturbador, logo, maiores serão as perseguições.
d) Caso a falta seja de ordem ética e o evangélico que a cometeu seja submetido aos tribunais do poder judiciário, os irmãos devem se unir e tentar de todas as formas livrarem o mesmo, seja por meio da oração, de dispositivos legais ou de pressão contra o “sistema” que nestes casos não é considerado como executor das funções judiciais, mas um inimigo contra os seguidores de Jesus; um anticristo. Vide os casos como do Edir Macedo e dos Hernandes quando foram presos.
e) Se o líder evangélico estiver em evidência, mas causar muitos problemas na relação igreja-sociedade, tornando esta relação pouco pacificada, caso ele se envolva em algum escândalo principalmente na área sexual, não lhe será dado nenhuma chance, é a oportunidade de se livrar daquele que produz uma péssima imagem dos evangélicos na sociedade. Juízo sem misericórdia.

- REGRAS PRÁTICAS APLICADAS AOS NÃO EVANGÉLICOS:

Os não-evangélicos se dividem em dois grupos, os que ameaçam e os indiferentes.

<!--[if !supportLists]-->a. <!--[endif]-->Caso a pessoa não seja evangélica e faça algo que desagrade aos evangélicos ela deve ser perseguida com arrazoamentos bíblicos e exposta em seus erros, exceto se se converter.
<!--[if !supportLists]-->b. <!--[endif]-->Se a pessoa for de outra religião considerada inimiga, mesmo que ela seja indiferente para com aquilo que os evangélicos façam, ela nunca será bem vista. (religiões inimigas são as afro-brasileiras e espíritas. Existem as religiões concorrentes que são as de cunho cristão, mas dividem o público-alvo).
<!--[if !supportLists]-->c. <!--[endif]-->Se a pessoa for de outra religião, mas sempre elogiar e esboçar certa admiração pelos evangélicos, as normas serão relativizadas e a pessoa será bem vinda. Ela é considerada como alguém que não está "longe do caminho”. Se for uma pessoa que mobiliza ou esteja em evidência nas mídias, ela será até mesma convidada a participar de eventos do círculo evangélico.
Este breve resumo da lógica, tem por detrás de si além da conveniência, um pressuposto, também conveniente, que denomino "síndrome de perseguição engendrada pelo anticristo" que pode se manifestar e estar em tudo e em todos.
Vive-se um clima da Teoria da Conspiração articulada por forças do mal que se manifestam de diversas formas: em refrigerantes, redes fast-food e de televisão, produtoras de filmes, editoras de livros, imprensa, governo e pasmem, no próprio púlpito das igrejas e que ameaçam o status quo evangélico de serem vistos como os mais importantes seres de toda a criação, os preferidos de Deus.
Isto cria um clima belicoso, cuja guerra invisível exige dos fiéis que vigiem constantemente levando a turba a agir com um procedimento padrão: se houver a mínima sombra do inimigo, primeiro ataque até neutralizá-lo, depois queira saber.

O pastor Malafaia com sua beligerância cria mais dúvidas que esclarecimentos.
Ele é pastor, fala em nome de Jesus, usa a Bíblia com se soubesse do que está falando e desafia qualquer um a enfrentá-lo numa espécie de vindicação de autoridade imbatível.
Até aqui ganha muitos pontos como se um “profeta de coragem”, mas com seus métodos pouco cristãos perde os pontos e divide o meio evangélico, até porque cristão de verdade é pacificador e quem tem um mínimo de bom senso não vai se expor ao ridículo.

Seus opositores se dividem em: os que querem deixá-lo por conta de Deus, os que o ignoram e aqueles que querem acabar com ele.
Ressalto conforme a história tem revelado, que no meio evangélico quem se torna controverso, cria opositores silentes que convivem com isto como se esperassem a hora de um deslize, para então trazerem à tona coisas que calem definitivamente o sujeito da controvérsia. Poderia citar inúmeros exemplos, mas abstenho-me.

Fiz uma experiência.

Postei-me abertamente contra a sua posição de representante eleitoral dos evangélicos em São Paulo. Não necessariamente contra o candidato que ele escolheu, mas contra ele se arvorar de ser o títere dos evangélicos e contra seus argumentos espúrios e convenientes e discurso de baixo calão, como lhe é próprio. (Vale dizer que ser contra o posicionamento do Malafaia, não me coloca a favor e nem contra nenhum candidato. Meus critérios para votar são outros, se coincidir bem, se não, fazer o que se sou livre).

Após minha manifestação recebi diferentes tipos de recados:
<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]--> Para não dividir o povo de Deus e deixar que Deus o julgue.
Estes, os muristas, consideram que se resolve um problema não fazendo absolutamente nada.
<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Que eu deveria falar diretamente com ele para não escandalizar.
Estes, os uniformistas, acham que todos devem usar o mesmo uniforme e confundem isto com unidade.
<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->E outros ainda que me apoiaram com gritos e urras, mas infelizmente querendo arrebentar com ele.
Beligerantes dualistas acham que a maneira de se resolver é sempre escolher o lado do bem e fazer o mal contra o lado do mal. Continuam debaixo da mesma lógica.
Não podemos jamais esquecer, conforme disse, que um rótulo não representa o todo.
Existem aqueles que se consideram evangélicos, mas não se enquadram neste molde que descrevi acima, mas não podem discordar que ele existe e engloba a muitos.

Tenhamos em mente, aqueles cristãos que simplesmente fazem seu caminho seguindo a Jesus, longe deste “samba-doido” todo e não coadunam com absolutamente nada disto. Fazem o seu trabalho de coração e afinco com ética e decência. Que não concordam com absolutamente nada do que os “malafaias”, "edires" e "santiagos" da vida fazem, e inclusive devem achar que eu nem deveria ter escrito isto, mas que me dedicasse em cuidar dos que sofrem.
Estes só querem viver aquilo que crêem e buscam proporcionar um mundo melhor com melhores pessoas. Talvez eu os tenha desrespeitado.
A estes minha honra e pedido de desculpas.

Discordo dos posicionamentos e de como o pastor Silas Malafaia expressa a fé cristã e utilizei-me do ocorrido como exemplo.

Escrevi este texto movido a esclarecer que seguir a Jesus não se resume naquilo que o pastor A ou B afirma e que o rótulo evangélico não cabe em todos e não define um grupo coeso. E também porque estou convencido de que o pastor Silas não representa Os Evangélicos, apesar de ter muitos seguidores e me fazer lembrar das entranhas do movimento evangélico brasileiro.

Não quero colocar ninguém contra ninguém, mas esclarecer que a fé cristã é bonita, ética, de bom senso e comunica o amor de Deus ao mundo de tal maneira a ponto de entregar-se por inteiro até a última gota de sangue à causa humana.
Se você faz parte dos que assim crêem, não se ofenda com minha exposição, continue a servir a Jesus, a carapuça não é sua.

Enfim, ser evangélico pode ser difícil de explicar e de entender, mas no fundo no fundo, as pessoas só querem mesmo é o Paraíso e alguns se aproveitam deste desejo e convencem outros que a serpente tem razão.

Eliel Batista
Sobre o protesto de alunos evangélicos contra trabalho escolar sobre a cultura afro-brasileira .

Por Hermes C. Fernandes

Um grupo de 13 alunos evangélicos do ensino médio da escola estadual Senador João Bosco Ramos de Lima, Manaus, se rec
usaram a fazer um trabalho sobre a cultura afro-brasileira, gerando polêmica entre os grupos representativos étnicos culturais do Amazonas. Os estudantes se negaram a defender o projeto interdisciplinar sobre a ‘Preservação da Identidade Étnico-Cultural brasileira’ alegando que o trabalho faz apologia ao “satanismo e ao homossexualismo”, o que contraria a sua crença.
Por iniciativa própria, e sob orientação de seus pastores e pais, os alunos fizeram um projeto sobre as missões evangélicas na África, que não foi aceito pela escola. Por conta disso, os alunos acamparam na frente da escola, protestando contra o trabalho sobre cultura afro-brasileira, atitude que foi considerada um ato de intolerância étnica e religiosa. Segundo o professor Raimundo Cardoso, “Eles também se recusaram a ler obras como O Guarany, Macunaíma, Casa Grande Senzala, dizendo que os livros falavam sobre homossexualismo”.

Para os alunos, a questão deve ser encarada pelo lado religioso. “O que tem de errado no projeto são as outras religiões, principalmente o Candomblé e o Espiritismo, e o homossexualismo, que está nas obras literárias. Nós fizemos um projeto baseado na Bíblia”, alegou uma das alunas.
Blogs de orientação evangélica conservadora lamentaram o episódio, noticiando que estas crianças teriam sofrido uma espécie de bullying motivado por preconceito.
Já dizia Paulo que tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Se semearmos preconceito, fatalmente colheremos o mesmo. De onde partiu o preconceito neste episódio?

Ora, a sociedade brasileira tem sofrido influência de tantas culturas, entre elas a africana. Que mal tem reconhecer a riqueza cultural africana? Será que tudo o que vem de lá deve ser rechaçado? As práticas fetichistas e animistas atribuídas às religiões afro-brasileiras não são piores do que as praticadas há milênios por nossos ancestrais europeus. Matança de animais, oferendas diversas, culto a entidades e aos antepassados, tudo isso pode ser encontrado com fartura em nossa herança europeia. Preferimos ignorar isso e atribuir à África tudo o que reputamos por superstição barata, idolatria e feitiçaria.

A influência da cultura africana não se restringe á religiosidade. Nossa música, nossos hábitos alimentares, nosso espírito festeiro, e até nosso vocabulário sofreram forte influência do continente que é o berço da civilização humana.
E sinceramente, deveríamos estudar sua religiosidade da mesma maneira como estudamos as mitologias grega e nórdica. Mas nosso preconceito nos impede disso. É preferível demonizar toda uma cultura a expor nossos filhos à sua nefasta influência.
Somos os salvadores do mundo! Nossos missionários são agentes civilizadores, e onde quer que cheguem, levam, não apenas o Evangelho, mas também nossa cosmovisão, nossos hábitos alimentares, nossa música, nossa indumentária, nosso modelo ocidental de vida. Confundimos evangelização com aculturação. Reputamos nossa cultura superior às demais. Quanta presunção!

É claro que os missionários levaram muita coisa boa consigo, tanto para África, quanto para tantos outros rincões. Mas também levaram coisas das quais deveríamos corar de vergonha. Por exemplo: o APARTHEID, regime implantado pelo protestantes de orgiem holandesa que promoveu a segregação racial na África do Sul. Semelhantemente, recebemos muita coisa boa da África, e não apenas suas crenças.
O que seria de nós sem o tempero cultural africano? Sem a música que embala nossas festas? Sem o jazz, o blues, o samba, o rock?

Praticamos karatê, judô, e outras artes marciais orientais, mas abominamos a capoeira, pelos simples fato de ser procendente da África.Não há culturas superiores e inferiores. Assim como temos o que compartilhar com outras culturas, também temos o que aprender delas. Por isso, há que se manter o canal de diálogo aberto, desobstruído de preconceito.
Nossas crianças precisam aprender a respeitar a diversidade. E não só respeitar, mas também apreciar, admirar.

O profeta Isaías diz que as nações trariam suas riquezas culturais para a Cidade de Deus, a Nova Jerusalém, a sociedade erigida ao redor do Trono da Graça. Nela não entrará impureza, pecado, preconceito, injustiça. Porém, a música, a dança, as cores, e qualquer outra contribuição cultural que não atente contra a dignidade humana e a santidade do nosso Deus, são bem-vindas à civilização do amor.
Pelo jeito, temos mesmo um longo caminho a percorrer, até aprendermos a arte da coexistência. E para tal, temos que cultivar uma fé bem alicerçada, aquela que opera pelo amor, e que, por isso, não se sente ameaçada pela diversidade.

Me deu até vontade de comer um cuscuz baiano...
Enquanto uns preferem invocar a culpa, outros preferem invocar a graça. Enquanto alguns clamam pelo inferno, outros clamam pela vida. Enquanto alguns apelam para a lei, outros há que apelam pro amor. Enquanto alguns buscam motivos para justificar a destruição e a condenação, um há que deu a vida por amor de todos, e não todos menos alguns.








quarta-feira, 12 de março de 2008

A pressa ......

"Aquele que confia jamais será abalado" (Isaías 28.16)
Não apenas na economia, mas em todos os campos da sociedade tudo tem pressa. Pessoas sábias contrapõem a desaceleração. Por trás dessa atitude está o reconhecimento de que as pessoas ficarão doentes se sua vida ficar cada vez mais rápida. O profeta Isaías já havia reconhecido há 2700 anos que a causa de toda a aceleração e pressa é a falta de confiança. Quem confia deixa as coisas como são. Ele confia no crescimento que está na essência das coisas. A planta cresce segundo sua lei interna. Também o ser humano tem um ritmo que convém à sua vida. Se esse ritmo ficar cada vez mais rápido, a disposição psíquica não a acompanha. Ela ficará perturbada. Quem acha que deve ser cada vez mais rápido acabará sendo impelido pelo medo. O medo é a força motriz da pressa. Quem tem medo não consegue ficar parado. Não sabe esperar. Não consegue ficar olhando. Precisa ele mesmo pegar tudo nas mãos, pois acha que, se assim não for, as coisas lhe escaparão. Desconfia de tudo que ele mesmo não faz ou tenhafeito. Tem medo dos pequenos intervalos no dia-a-dia. Ali ele se confrontaria consigo mesmo. Mas isso ele não suporta. Precisa estar sempre ocupado, ter sempre alguma coisa nas mãos que ele possa apresentar a seu coração, para não perceber a inquietação e o medo que reside em seu coração.
(Anselm Grün)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Graçã de Deus

É para interferir na história.


Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. Mc 1.11

Esse é o filho que alegra ao Pai.

É o filho que se prontifica a, submisso ao Pai, por amor, levar a cabo a vontade deste.

Quando o Pai diz sobre o filho, que este lhe dá alegria, estava falando de Jesus de Nazaré, mas, também, de todos os que, em Jesus de Nazaré, e a partir deste, se submeteriam ao batismo, a partir de seu significado, para serem tornados agentes de transformação da realidade e de sinalização do Reino de Deus presente nestes e entre estes.

A nova humanidade que surge em Cristo é este filho.

É a humanidade nova no seu relacionamento com o Pai, com o próximo, com a criação e com a história.

É a humanidade com uma missão: cooperar com a implantação do Reino pela sinalização, através da pregação e das boas obras, assim, apressando a volta de Cristo, o que implantará o Reino final e definitivamente.

Cada membro dessa nova humanidade tem de, conscientemente, se engajar nessa dinâmica de transformação da história, preparando-a para a volta de Cristo, de modo que Jesus, em sua volta, não só encontre o filho que agrada ao Pai, como encontre uma realidade mais próxima da vontade do Pai.

O filho que agrada o Pai interfere na história, corrigindo-a à luz do Reino de Deus.